Estamos vivendo um tempo de adaptações resultante das consequências provenientes da pior pandemia dos últimos 100 ano. Um exemplo claro desta alteração é que devido a pandemia as pessoas começaram a trabalhar em casa, denominado de home office, no entanto para além do mercado de trabalho, os serviços de mobilidade urbana em geral e especificamente as empresas de ônibus, também foram impactadas pelas medidas sanitárias para controlar a propagação do vírus.

As medidas mais recorrentes foram voltadas para: o distanciamento social, limitação no número passageiros embarcados nos ônibus, a desinfecção diária dos veículos, a medição de temperatura corpórea dos condutores dentre outros.

Para conter os impactos pela perda de passageiros e pelo aumento do custo para operação, algumas empresas operadoras reduziram a oferta dos serviços de transporte, seja na provisão de veículos (frota), seja na frequência das viagens. Essas medidas contaram com a anuência das autoridades competentes locais.

Em Goiânia a situação não foi diferente pois a RMTC, Rede Metropolitana de Transporte Coletivo, sofreu drasticamente com tal ocorrido. O sistema de transporte público da Região Metropolitana de Goiânia entrou em colapso uma vez que, a queda da demanda de passageiros chegou a 80% na Grande Goiânia, e mesmo com o avanço na vacinação e diminuição do número de casos, neste período pós-pandemia, a demanda ainda está 40% inferior ao registrado no início de 2020.

Acredito que situação financeiro do sistema de transporte não deva voltar à normalidade. Penso que para conter os impactos pela perda de passageiros e pelo aumento do custo para operação, o poder público deverá pagar parte dos custos para que os impactos da pandemia não onerem a tarifa a ponto de inviabilizá-la. Sendo assim, somente com pesados investimentos públicos na melhoria da qualidade e competitividade dos serviços de transportes a demanda poderá retornar a padrões anteriores ao início da pandemia.